sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Vitis Vinifera L.


A agricultura de subsistência caiu em desuso, infelizmente. Sou de uma geração que sempre viveu num meio urbano, mas que não perdeu a ligação à vida e aos frutos do campo, através dos avós, que nos faziam regressar a casa carregados com um pouco de tudo do que a horta dava e sabe-se lá mais o quê. Tudo com um paladar impossível de encontrar nos hipermercados. Mas, mesmo assim, esses paladares sabiam muito melhor servidos à mesa à sombra da parreira.

Com essa imagem na cabeça, comecemos então por plantar uns pés de parreira aqui na "quinta".


A Videira é classificada cientificamente da seguinte forma:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Vitales
Género: Vitis

Existem mais de 20 espécies de videiras, desde a Vitis Aestivalis à Vitis Espalmata, até à Vitis Vinifera, que é a espécie que nos interessa neste caso porque as uvas que dela derivam são as que normalmente são produzidas em Portugal, tanto para fazer vinho como para ser servida ao natural, como uva de mesa. Outros usos interessantes da uva é a confecção de doces e compotas como a tradicional "Uvada", da região Oeste, ou ainda para secar e ser servida como uva-passa.

A lista de variedades de Vitis Vinifera L. é bastante extensa e divide-se entre uvas tintas, uvas brancas e uvas rosadas. Desta lista fazem parte variedades bem conhecidas como a Touriga Nacional, Merlot, Pinot Noir, Moscato e Cereza Italiana, etc.
Uma boa uva resulta não só da atenção e cuidados que são prestados à videira, como também da clima e características do solo. Na Estremadura, zona que se estende ao longo do Atlântico, na zona norte de Lisboa e que compreende DOC's como as de Alenquer, Colares ou Bucelas, o clima tempera-se com a brisa marinha, Invernos amenos e Verões quentes. Nestas zonas de solo arenoso e granítico encontramos variedades como Arinto, Baga, Bical, Malvasia, Periquita, Tempranillo, Tinta Barroca e Trincadeira.

Para quem procura uma boa uva de mesa, como é o caso, uma nota adocicada no sabor é o factor mais importante.

Fontes:
imagem: latada

1 comentário:

Margarida disse...

oLÁ
fOI COM MUITO GOSTO QUE ENCONTREI AQUI A RECEITA DE "uvada" que procurava.
Sou de Alcobaça e a minha sogra fazia este doce com o nome de "ARROBE", agora por altura das vindimas, pedi a um agricultoer que me desse um pouco de monsto para fazer o "arrobe", mas aqui na internet foi dificil chegar lá, só encontrei com o mnome de Uvada, pareceu-me a mesma coisa.

Mas a minha sogra não punha açucar, só juntava pedacinhos de maçã, como por exemplo o Pêro Sousa.

Amanhã já vou receber o monsto e fazer o doce ARROBE OU UVADA, ESPERO QUE ME SAIA BEM.
AGRADEÇO IMNESO A TUA PARTILHA.
SAUDAÇÕES DA AVÓ GUIDA